Grande Eduardo, grande amigo! Serve-nos triplamente com o seu trabalho: 1 - com o material literário intrínseco; 2 - com os paradigmas que rompe e 3 - com os embates políticos. No segundo caso - o que requer maiores explicações - observamos a revolução que provoca no esteriótipo aceito por seus alunos, oriundos de um sistema social que entrega tudo de bandeja, mastigado. Nas três frentes, a contribuição dada pelo Eduardo é vital para proporcionar hodiernas sendas, não somente à literatura e à poesia, mas também a seus derivativos. Em suma, podemos concluir que Eduardo Benetti é além-literário. Esta tríade é apenas uma amostra da diversidade de razões que me tomaram por completo quando fiz a opção por acompanhar o trabalho deste manufaturador de obras elevadas de um mundo - dialeticamente - equidistante/colateral e assiduamente vezo, de modo concomitante, tanto na forma contemplativa como dinâmica, esta última no ensejo que optei por patrociná-lo e acompanhá-lo - de corpo presente - quando de seu reconhecimento solene público. Estes são apenas traços sucintos do que o Eduardo deu-nos até então e que serve de base para calcularmos a proporção com que teremos que abrir nossos corações e mentes para recepcionar o que ele ainda há de despejar em nossos espíritos.