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Biscoito da Sorte
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– Oi, essa é a fila pro “O som ao redor”?

– É sim, moça.

– Li boas críticas sobre esse filme. Estou com uma expectativa muito alta. – disse ela, com um sorriso convidativo.

Eu queria dizer que também estava com alta expectativa, não só em relação ao filme, como também quanto à sua presença, mas o que eu poderia dizer se a única coisa que me preocupava era não passar vergonha na frente de uma mulher bonita? Usava a técnica de entrelaçar os dedos, atrás da cabeça, pra controlar as mãos. Estava dando certo, porém a duras penas.

Meu posterior queimava, pegava fogo. Não conseguia pronunciar uma única palavra. Acho que ela começava a achar-me um idiota que não sabia o que estava fazendo lá, mas fui desmentido pelos seus olhos que reluziam. Ela parecia realmente ter gamado em mim.Clicando aqui, você lê o texto completo
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Deixa eu ver que livro eu trouxe… Hum… nada mal: Nelson Rodrigues, “Elas gostam de apanhar”.

Saí, às pressas, de casa e nem havia notado qual obra eu havia lançado para dentro da minha mochila surrada.

Um livro de contos é o ideal para matar os torturantes minutos numa sala de espera de oftalmologista.

Tirando a velha senhora, com o seu netinho, que me olhara com fisionomia de escória de esgoto em estado putrefato e mudara de lugar, pondo-se mais cinco assentos de distância desse que vos escreve, não existia mais nada rançoso no recinto. O clima estava leve.

Um livro e ar para respirar era tudo o que eu precisava. Após algumas linhas discorridas e o fim do doce silêncio, minha atenção teve que começar a ser dividida entre as célebres páginas publicadas em 1974 e a atual conversa entre uma sábia criança de uns cinco anos e sua zelosa vovó, exatos quarenta anos depois.Clicando aqui, você lê o texto completo
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Hoje, você é só um pensamento
Reconstrução, memória que ficou
Olhando pro céu, na grama, eu sento
Vejo seu rosto num retrovisor.

Um passado que um dia já foi presente
Ao seu lado, eu sentia o que se sente
Quando se tem bem diante de si
Todos os motivos pra estar ali.

Olhos verdes-capim
Eu preciso saber
Se você gosta de mim
Porque eu gosto de você.
Trecho da letra de música "Olhos verdes-capim"
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Bom… é claro que eu não me vanglorio disto. Pra falar a verdade, eu sinto bastante vergonha por ter apelado desta forma. Mas prefiro, eventualmente, cortar o coração de alguma leitora que, por ventura, esteja apaixonada por mim, a perder a piada. Ácida, como sempre, mas engraçada.

Confesso que o meu peito ainda dói, um bocadinho, toda vez que me lembro do rostinho da Bartira coberto de lágrimas.

É dilacerante a imagem que tenho guardada em minha memória dos poros gigantescos e abertos de sua face – que mais pareciam crateras vulcânicas – e das suas espinhas, que ficaram encharcados com o néctar oriundo de seu farto canal lacrimal.

Mas, depois de rezar meia dúzia de ave-marias e padre-nossos, eu me absolvi com a justificativa de que a culpa era dos meus irrequietos hormônios juvenis.Clicando aqui, você lê o texto completo
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Gotas de suor de sua testa caíam no asfalto, enquanto ele girava a porca com a chave cruz e, compenetrado no serviço mecânico, nem se deu conta de que, do Lada Niva emparelhado com o seu automóvel, saiu a pessoa que, supostamente, oferecer-lhe-ia socorro. E o auxílio vinha em instante exato, pois o estepe que, com tanto esforço, colocou estava danificado. O gentil cidadão doou o seu e, então, seguir viagem.

Ao dar a partida, enxergou, pelo retrovisor, o idoso tranquilo. Percebeu uma roda a menos em seu Niva. Engatando a ré, voltou pra averiguar.

– Você me cedeu um dos pneus do seu carro, senhor? Presumi que fosse o seu estepe.

– Dei o meu estepe pra outro motorista que precisou de um, há cinco léguas daqui. Posso aguardar o guincho. Você necessita dele mais que eu.

O indivíduo solitário proferiu mais algumas dezenas de palavras que ele não escutou. Quando o misterioso ancião mencionou que captara a conquista do querer em seu semblante, o encanto foi tamanho que ele só conseguiu ouvir, novamente, a música tocando em sua cabeça. Apenas certificou-se de que o sujeito possuía um aparelho celular pra acionar o resgate, agradeceu e foi embora.Clicando aqui, você lê o conto completo
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Como é meu hábito, não dei soco na parede, não amaldiçoei o universo e nem chorei de raiva. Apenas ri! Gargalhei demais! Desfrutei o paladar da euforia saborosamente como um idiota!

Não existe jeito mais delicioso de rir do que se esgoelando como um retardado! É muito bom ser ridículo! É bastante prazeroso ser capaz tirar um sarro de si próprio! Isto é virtuoso!Clicando aqui, você assiste ao vídeo com animação digital