Biscoito da Sorte
Aceita um biscoito da sorte? É só clicar e descobrir a surpresa que tem dentro dele pra você!


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Minha ansiedade foi, finalmente, satisfeita. Numa cadeira de rodas disposta num canto escuro da sala, estava o homem que, segundo a matéria do jornal, havia conversado pessoalmente com a princesa Isabel.
Eu esperava vê-lo tomando um solzinho naquele dia em que não havia nenhuma nuvem num maravilhoso céu azul de maio, mas a minha empolgação era imensa e não dei muito valor à circunstância inusitada.
Começamos o diálogo com a arca de vivência em carne e osso.
Meu amigo, a namorada dele e eu cumprimentamos o idoso.
Mais do que depressa, eu me adiantei e fui perguntando:
– O que o senhor tem pra ensinar pra gente?
Olhando para o chão, o homem mais velho do mundo respondeu...Clicando aqui, você lê o texto completo
Eu esperava vê-lo tomando um solzinho naquele dia em que não havia nenhuma nuvem num maravilhoso céu azul de maio, mas a minha empolgação era imensa e não dei muito valor à circunstância inusitada.
Começamos o diálogo com a arca de vivência em carne e osso.
Meu amigo, a namorada dele e eu cumprimentamos o idoso.
Mais do que depressa, eu me adiantei e fui perguntando:
– O que o senhor tem pra ensinar pra gente?
Olhando para o chão, o homem mais velho do mundo respondeu...Clicando aqui, você lê o texto completo


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Precisei tirar fotocópia da minha carteira de motorista, outro dia, pra recorrer de uma multa de trânsito. Fui à papelaria, perto de casa, e enfrentei uma pequena fila básica. Na minha frente, um sujeito com cerca de cinco anos a menos que eu puxou conversa comigo.
Era um indiano que mal falava o português direito. Não costumo dar atenção a pessoas com papo furado, todavia, vi que o estrangeiro tinha conteúdo. Como acho curiosa a história das religiões orientais e a cultura diferente do sistema de castas, comecei perguntando sobre o hinduísmo. Ele respondia solicitamente com longos discursos e um sorriso irradiante no rosto.
Logo, descobri que ele tinha a mesma formação acadêmica que eu. Cursou economia em Londres. O tópico foi de teologia à política monetária, porém, sem demora, pairou sobre um tema universal, como sempre.Clicando aqui, você assiste ao vídeo com animação gráfica
Era um indiano que mal falava o português direito. Não costumo dar atenção a pessoas com papo furado, todavia, vi que o estrangeiro tinha conteúdo. Como acho curiosa a história das religiões orientais e a cultura diferente do sistema de castas, comecei perguntando sobre o hinduísmo. Ele respondia solicitamente com longos discursos e um sorriso irradiante no rosto.
Logo, descobri que ele tinha a mesma formação acadêmica que eu. Cursou economia em Londres. O tópico foi de teologia à política monetária, porém, sem demora, pairou sobre um tema universal, como sempre.Clicando aqui, você assiste ao vídeo com animação gráfica


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Convertido desde a adolescência ao budismo, conservava o hábito de não se preocupar muito. Não supunha diálogos e raramente elaborava conjecturas. Somente quando posto frente a frente com as situações era que ele decidia como agir. Nas raias da virilidade recém-adquirida por quem acaba de adentrar a casa decimal balzaquiana, o rapaz atribuía à razão de sua serenidade frequente as constatações elementares que simplificam a vida de qualquer ser humano, como a conclusão que não adianta tentar antever as casualidades, afinal as coisas sempre ocorrem de modo distinto das dúzias de hipóteses que conseguimos formular.
Talvez, seja este um dos principais propósitos que o levou a não engrandecer a estranheza por não se sentir familiarizado com a fisionomia dos agentes de segurança que guardavam a entrada da empresa em que trabalhava. Possivelmente, também era este o motivo pelo qual ele tinha tantos amigos. As pessoas estimavam-no porque ele exalava tranquilidade.
Sentado à mesa de reunião, a priori, não identificava congruência nas construções verbais de seus pares, entretanto, seu modo taciturno de ser, proporcionava-lhe tempo hábil para unir as peças do mosaico e, ao chegar a sua oportunidade de fazer uso da palavra, já conhecia o contexto a respeito do qual deveria explanar.Clicando aqui, você lê o conto completo
Talvez, seja este um dos principais propósitos que o levou a não engrandecer a estranheza por não se sentir familiarizado com a fisionomia dos agentes de segurança que guardavam a entrada da empresa em que trabalhava. Possivelmente, também era este o motivo pelo qual ele tinha tantos amigos. As pessoas estimavam-no porque ele exalava tranquilidade.
Sentado à mesa de reunião, a priori, não identificava congruência nas construções verbais de seus pares, entretanto, seu modo taciturno de ser, proporcionava-lhe tempo hábil para unir as peças do mosaico e, ao chegar a sua oportunidade de fazer uso da palavra, já conhecia o contexto a respeito do qual deveria explanar.Clicando aqui, você lê o conto completo


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Depois de alguns minutos, em frente ao Teatro Municipal, o táxi parou e eu abri a porta. Pensei que não houvesse mais Fuscas sendo utilizados como táxis, em pleno ano 2007.
Senti algo esquisito na fisionomia daquele motorista. Eu estou atrasado para a palestra e não posso dar-me o luxo de escolher muito. Entrei no veículo mesmo assim.
Aquele bigodinho fino acompanhado de um sorriso insuportavelmente sarcástico de quem pensa que o mundo inteiro é otário e só ele é esperto não estava descendo pela minha goela.
Não entendia porque aquele cara não parava de revezar o olhar entre o trânsito e a minha direção.
Seu globo ocular não parava quieto, parecia um sono R. E. M., só que com os olhos abertos.
Eu tentava permanecer concentrado na leitura do livro, mas aqueles olhos ficavam, vez por outra, fitando-me, como se quisesse pescar alguma coisa.Clicando aqui, você ouve a crônica
Senti algo esquisito na fisionomia daquele motorista. Eu estou atrasado para a palestra e não posso dar-me o luxo de escolher muito. Entrei no veículo mesmo assim.
Aquele bigodinho fino acompanhado de um sorriso insuportavelmente sarcástico de quem pensa que o mundo inteiro é otário e só ele é esperto não estava descendo pela minha goela.
Não entendia porque aquele cara não parava de revezar o olhar entre o trânsito e a minha direção.
Seu globo ocular não parava quieto, parecia um sono R. E. M., só que com os olhos abertos.
Eu tentava permanecer concentrado na leitura do livro, mas aqueles olhos ficavam, vez por outra, fitando-me, como se quisesse pescar alguma coisa.Clicando aqui, você ouve a crônica


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É fato que o brilho do sol motiva-nos a voar em busca de nossos sonhos. Pesquisas comprovam que até a bolsa de valores sobe nos dias mais bonitos. Porém, por mais tocante que seja o resplandecer deste astro luminoso tão lindo, há amanheceres que nem o seu banho de energia empolga-nos a ponto de mover-nos a crer que o mundo é nosso.
Nestas auroras, dou graças a Deus quando chove. Considero adequado que o fulgor permaneça restrito aos momentos em que o meu coração esteja disposto a fazer a sonoplastia pra acompanhar o jogo de luzes. Escolho esquecer um pouco as minha metas existenciais e ponho-me à procura de lazeres que nada me acrescentam, somente me entretém, até que a aflição vá embora...
Só que, naquela sexta-feira chuvosa, peguei pesado: fui distrair-me matriculando-me num curso intensivo e livre de mecânica. Eita, p...!
Nestas auroras, dou graças a Deus quando chove. Considero adequado que o fulgor permaneça restrito aos momentos em que o meu coração esteja disposto a fazer a sonoplastia pra acompanhar o jogo de luzes. Escolho esquecer um pouco as minha metas existenciais e ponho-me à procura de lazeres que nada me acrescentam, somente me entretém, até que a aflição vá embora...
Só que, naquela sexta-feira chuvosa, peguei pesado: fui distrair-me matriculando-me num curso intensivo e livre de mecânica. Eita, p...!
(Trecho da crônica "O meu amigo robô")
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Atendendo ao clamor do populacho, um repórter global foi perguntar a Viscome o que havia ocorrido. Viscome respondeu: “A corrupção existe mesmo. Desde quando eu era criança, eu já ouvia falar em corrupção.”
Viscome, Viscome… um malandro deve ser inteligente, Viscome… malandro burro é a coisa mais feia que há. É desnecessário lembrar que, de uma violenta porcentagem dos 55 vereadores que estavam envolvidos, Vicente Viscome foi o único a vestir o macacão e a boina com faixas horizontais pretas e brancas, com um número de três dígitos estampado no peitoral da pomposa vestimenta.
Quase que eu fiquei com dó do Viscome. Com aqueles olhinhos baixos, frágeis como os de um cervo diante da mira da espingarda de um caçador, ele se perguntava por que só ele havia tomado na tarraqueta.Clicando aqui, você lê o texto completo
Viscome, Viscome… um malandro deve ser inteligente, Viscome… malandro burro é a coisa mais feia que há. É desnecessário lembrar que, de uma violenta porcentagem dos 55 vereadores que estavam envolvidos, Vicente Viscome foi o único a vestir o macacão e a boina com faixas horizontais pretas e brancas, com um número de três dígitos estampado no peitoral da pomposa vestimenta.
Quase que eu fiquei com dó do Viscome. Com aqueles olhinhos baixos, frágeis como os de um cervo diante da mira da espingarda de um caçador, ele se perguntava por que só ele havia tomado na tarraqueta.Clicando aqui, você lê o texto completo
