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Biscoito da Sorte
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Mas, agora, ele era um estrangeiro em Queenstown. Tomando o seu cappuccino com chocolate – antes de ir ao aeroporto e pegar o avião para o estádio de rugby e assistir a um jogo do All Blacks, seu time adotado para torcer neste esporte que ele aprendera a apreciar – devaneava sobre as estratégias mercadológicas que adotaria para aprimorar o seu supremo produto, o seu negócio mais próspero: um jogo técnico de cartas cujos personagens eram astronautas e monstros selênicos.

Assim como, na lonjura de sua extrema mocidade, não se contentou com os limites impostos pelos artefatos prontos e embalados que eram as bolachas de vinil multicromadas, atualmente, profissional bem sucedido da carreira de marketing, não se atinha aos marcos da categoria gerencial de otimização. A ele aprazia tecer planejamentos inventivos.Clicando aqui, você lê o conto completo
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– E que tríade vem a ser essa, meu poeta?

– As coxas de outras moças, o ronco noctâmbulo e a flatulência.

– E o momento único do encanto da poesia?

– Ele existe, mas não é cerceado pelos disparos advindos dos corpos que se entrelaçam, desejando-se e consumando-se. O exercício das ações genuínas não é abjeto.
(Trecho do texto "O limiar da compreensão que veio com o hálito")
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Ao falar da carta da moça de cinquenta e oito anos atrás, percebeu o desconforto de seu correligionário. Boquiaberto, Amadeu balbuciou vocábulos quase inaudíveis. Esforçando-se para ouvir, o religioso entendeu os dizeres e constatou que a sua história poderia ser tudo, exceto singular.

Conservando a esperança de ser apenas uma vaga similaridade, padre Artelírio tirou o papel semissexagenário do bolso, exibindo-o ao confrade de batina, que, por seu turno, engoliu seco e deixou escorrer uma lágrima pelo canto esquerdo da face, que denotava a sua amargura aflitiva, confirmando com um leve aceno de cabeça que recebera a mesma carta com idêntica letra, também há cinquenta e oito anos.

Assustados, os dois seguiram juntos as entrevistas da lista. E, um por um, foram descobrindo que todos os doze colegas septuagenários, provenientes da mesma interiorana vila, eram detentores de exemplares iguais: mesma escrita, mesmo tom amarelado no papel, mesma tinta de caneta... sendo que nenhum deles conheceu a autora, mas todos obedeceram, emocionados com o teor pessoal e místico da mensagem.Clicando aqui, você lê o conto completo
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E o vento que passou em 1995
Suave pelas pelugens do meu queixo
Semeou, no mundo, novo ser, com afinco
Que entrar, voraz, na minha vida, eu deixo.

Façamos nossos os talhões de tempos dormentes
Adolescia enquanto plantavam a semente
E toda a desproporção cronológica
Desvenda-se, clara, então, fica lógica.

Novembro... junho...
Escada de meses em ciclos de doze
Se lembro, empunho
Espada que vezes reciclo em pose.Clicando aqui, você lê a poesia completa
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O sol, agora, é meu amigo
No rol das coisas que eu consigo
Bemol: um tom baixa na lira.

Eu via que esse dia ia chegar
E cria que eu ia gostar
Bom dia! Minha querida Lyra.
(Trecho da letra da música "Bom dia, Lyra!")
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– Oi, essa é a fila pro “O som ao redor”?

– É sim, moça.

– Li boas críticas sobre esse filme. Estou com uma expectativa muito alta. – disse ela, com um sorriso convidativo.

Eu queria dizer que também estava com alta expectativa, não só em relação ao filme, como também quanto à sua presença, mas o que eu poderia dizer se a única coisa que me preocupava era não passar vergonha na frente de uma mulher bonita? Usava a técnica de entrelaçar os dedos, atrás da cabeça, pra controlar as mãos. Estava dando certo, porém a duras penas.

Meu posterior queimava, pegava fogo. Não conseguia pronunciar uma única palavra. Acho que ela começava a achar-me um idiota que não sabia o que estava fazendo lá, mas fui desmentido pelos seus olhos que reluziam. Ela parecia realmente ter gamado em mim.Clicando aqui, você lê o texto completo