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O vento Khmer
Se o vento soprar, do mato,

Nas veredas da minha face

Prostrarei o meu olfato

Para que ele repousasse.



As poáceas nos meus sentidos

E meus olhos cerrados

Ouvirão os meus gemidos

A noite e seus legados.



E se o amanhecer me disser

Sinestesicamente

Que vermelho é o Khmer

Que luta complacente.



Abraçarei céu azul

Todo o firmamento

E soprando lá do sul

Vem, de novo, outro vento.



Marcelo Garbine


Poesia publicada na Revista Literária da Lusofonia – Vigésima Segunda Edição – Página 53.

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